NAPOLI CENTRALE – A DEMOCRATIZAÇÃO DA PIZZA DE QUALIDADE, NO MERCADO DE PINHEIROS

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Um dos pratos prediletos da maioria dos paulistanos é a boa e velha pizza. Porém, curiosamente, institui-se (não sei como e nem porquê) que pizza é para ser comida à noite e de preferência no fim de semana. Mas, aos pouquinhos, algumas casas têm trabalhado para mudar esse hábito e democratizar o prato. É o caso da nova Napoli Centrale, pizzaria inaugurada no segundo piso do Mercado de Pinheiros (que já conta com os famosos Comedoria Gonzales e Mocotó Café) e tem como filosofia oferecer uma pizza autêntica napolitana – individual, para comer com as mãos, a qualquer hora, como acontece na cidade italiana, considerada o berço da pizza.

A ideia surgiu dos sócios Gil Guimarães, que é dono da pizzaria Baco, em Brasília, que também oferece uma pizza típica napolitana e acaba de ganhar o título de melhor pizzaria do Brasil, de acordo com a revista Prazeres da Mesa, e do gaúcho Marcos Livi, dono dos bares Veríssimo e Quintana, em São Paulo. Guimarães e Livi viajaram à Napoles com o propósito de estudar essa comida de rua italiana e trazê-la o mais fielmente possível ao novo box do Mercado de Pinheiros.

Diferente do que acontece por lá, onde cada vendedor de rua oferece um só tipo de produto, a Napoli Centrale oferece um tour completo pela comida de rua napolitana – porções de fritos, como os deliciosos arancini (bolinho de risoto com ragu de linguiça) ou a croqueta de carne com cerveja Stout, pizza frita fechada (como um calzoni) e as pizzas individuais. As massas são feitas em fermentação lenta, por 24 horas, o que dá um resultado leve, de massa bem elástica e muito saborosa. A tradicional Margherita é sensacional, mas ainda há mais cinco sabores de coberturas, como calabresa, Marinara e cogumelos.

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Pizza frita e porção de arancini – clássicos da comida de rua napolitana

A indicação da casa é que a pizza seja comida dobrada, com as mãos. Mas, se o cliente quiser, eles oferecem talheres de verdade, nada de talher de plástico – acho interessante esse respeito de oferecer um prato como é servido originalmente, mas também seguir o hábito local, afinal por aqui muita gente não gosta de comer com as mãos. Acho respeitoso!

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A tradicional Margherita – deliciosa!

E para seguir a tradição de comida de rua, precisamos falar de preço. “Na Itália, a pizza de rua é popular, barata. A ideia é manter esse mesmo conceito por aqui”, explica Guimarães. As pizzas individuais custam entre R$ 15 e R$ 30, de acordo com a cobertura. Para que se tenha uma ideia, comemos uma pizza individual, uma pizza frita, uma porção de arancini, um suco e uma taça de vinho e pagamos cerca de R$ 70. Nada mal para os padrões paulistanos, hein?

E como a diversidade é um dos pilares da nova fase do Mercado de Pinheiros, tem uma pitada de brasilidade gaúcha no Napoli Centrale – o diferente suco de butiá, mel e raspas de laranja. O butiá é uma frutinha muito comum no sul do País, que tem um sabor azedinho completamente diferente para os paulistanos (me lembrou um pouco o maracujá), uma ótima opção aos açucarados refrigerantes.

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Mercado de Pinheiros – ambiente popular e democrático

O Mercado de Pinheiros é mais um modelo de revitalização que tem dado muito certo – tem comida nordestina, comida latina, pizza napolitana, ingredientes de diferentes regiões do Brasil, como açaí, bacuri, butiá, farinhas, grãos, queijos – é um passeio para todos os gostos e bolsos, em mais uma região que merece vida nova na cidade.

Napoli Centrale
Mercado de Pinheiros – piso superior
Rua Pedro Cristi, 89 – Pinheiros

 

 

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